Acordar aquele que dorme
é um ato simples e cotidiano
que poderia fazer-nos tremer.
Acordar aquele que dorme
é impor a outro o interminável
cárcere do universo,
de seu tempo sem ocaso nem aurora.
É revelar-lhe que é alguem ou algo
que está sujeito a um nome que o divulga
e a um cúmulo de ontens.
É inqueitar sua eternidade.
É satura-lo de séculos e estrelas.
É restituir ao tempo outro Lázaro
saturado de memória…
jorge luis borges
20 março 2009
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